quinta-feira, 16 de setembro de 2010

experimentos

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A instalação poética Ventania Experiença A. de Paranax continua perdida por aí assim como ele. Dessa vez, foi capturada no Espaço Alternativo, em Paraisópolis (MG) pelo fotógrafo Djalma Demétrio Junior de São Bento do Sapucaí (SP).








  





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terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”

Festival sempre é complicado. Por mais organizado que seja certa tensão no ar é inevitável. Atrasos, ausências, problemas técnicos (etc.) sempre acontecem, mas o importante é dar um “tchau” para tudo isso e se conectar no que importa num festival de música: a música & estar presente da forma mais total e aberta possível.

Se as pessoas se importassem com chuva, lama, excesso de público e outros – digamos - problemas, Woodstock não teria acontecido... O mais importante num festival é o envolvimento das pessoas que participam dele, o quanto estão dispostas a compartilhar emoções, informações, fluídos corporais e sonhos.

O som está rolando, o Dj Paranax toca um set tropicalista; sai de Caetano, passa por Tom Zé, Gal Costa, Gilberto Gil e vai até Mutantes... O público começa a chegar no Espaço Alternativo. Na entrada, exposição de obras dos artistas Wallace Garrani e Dimas Tattoo.

Como disse no início do texto, problemas sempre acontecem. Um inanimado pedal de bumbo de bateria tentou ser vilão, mas não conseguiu... Alguém diz:

- Vai dar tudo certo.

E deu. O Invernália – festival organizado pelo movimento de mesmo nome - foi coisa linda de se viver. O The Noons abriu o festival e colocou as pessoas para dançarem com direito a gritinhos histéricos ‘jovem guardistas’ na plateia. Ótimo show que anunciou os que estavam por vir.

A peça “Sonhos de Elevador” foi encenada pelo Grupo Desavesso. Sim! Paraisópolis tem um grupo de teatro independente! A peça - criada pelo próprio grupo - é uma metalinguagem do teatro, ou seja, usa o teatro para falar do próprio teatro. “Sonhos de Elevador” levou atores e públicos para mundos oníricos distantes de onde era possível ver este mundo com distanciamento teatral, poético e filosófico.

Em seguida, as portas do elevador abriram-se no show do “KIDS!” que mostrou estar em ascendência estelar e mais uma vez incendiou a pista. “Come on baby light my fire / Try to set the night on fire”.

A noite veio estrelada e o Bule Mágico apresentou um folk moderno, intimista e delicado.

Com um show calcado nos álbuns Refuse Resist, Chaos A.D. e Roots do Sepultura, o Murder Ride – banda de Trash Metal de Alfenas – fez a apresentação mais pesada do festival, promovendo um verdadeiro transe coletivo entre os headbangers.

A autoestrada do rock ‘n roll levou o público do Invernália até o show dos pousoalegrenses do Red ’n Black que destilou importantes clássicos roqueiros, recheados de solos de guitarra e viradas mirabolantes de bateria. No repertório: Led Zeppelin, Deep Purple, Kiss, AC/DC...

O melhor show da noite foi do Monkey Coffee de Pedralva. O som – um Sá, Rodrix & Guarabira envenenado com blues e rock progressivo – impressionou até os mais críticos da plateia. Vendo um show desse tipo, com músicos talentosos, com músicas próprias tão boas quantas as covers, não é difícil entender porque o rock não morre.

Fechando com chave de ouro o Invernália, Oszé de São Bento do Sapucaí mandou brasa e a juventude presente dançou até o último acorde e Paraisópolis teve um grande dia de rock, música, arte e liberdade de expressão.

Festivais independentes como o Invernália, É Vento na Praça e Festa da Camiseta Velha, tiram a cidade do limbo da rotina, possibilitam que as pessoas se encontrem, troquem experiências estéticas, sociais, sensoriais, artísticas e amorosas (por que não?)

Paraisópolis precisa evoluir, ir além da mesmice e dos modismos, construir sua própria identidade. Uma parcela da juventude já entende que é responsável pela verdadeira mudança no estado das coisas.

E você!? Vai ficar de fora dessa novamente? Afinal, pra não dizer que não falei das flores, “quem sabe faz hora, não espera acontecer”.
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Libertários