quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Para ver do alto da Montanha
Não basta subir até o seu pico É preciso, e raro, saber manter a Montanha dentro do espírito & o espírito da Montanha livre

domingo, 8 de novembro de 2020

Fim do mundo, fim de ano e uma breve análise das criações artísticas paraisopolenses em 2020

Os cientistas chamam de antropoceno a nova era geológica em que as forças do animal homem tornam-se capazes de destruir seu habitat: o Planeta Terra.

Apesar do negacionismo da gravidade da situação os sintomas estão no ar: pandemia, mais de um milhão de mortos no globo, destruição de florestas, perda de biodiversidade, aquecimento global, derretimento das geleiras, acidificação dos oceanos.
Também explode a exploração do trabalho humano, a miséria, a fome, a destruição, as conspirações nazistas e de extrema-direita, as desigualdades e o cinismo dos políticos com suas promessas emboloradas para a maioria e as benesses para suas redes de contatos. Quem achou que seria fácil. Conseguiremos fazer a reversão da destruição?
Difícil dizer o que vem pela frente neste "novo tempo do mundo" cujo horizonte de expectativas encontra-se esfumaçado. "O seu futuro é duvidoso, eu vejo grana, eu vejo dor", já dizia Beth Balanço.
De qualquer maneira, agora pensando no bunker Paraisópolis resta a criação e neste ano, apesar dos pesares, e da falta de políticas públicas, os artistas deram passos expressivos.
O
Pedro Bala e os Holofotes
lançou seu primeiro álbum oficial ganhando ouvintes no Brasil e no mundo. Outro passo promissor foi dado no Rap pelo
Mayron Alexssander
que em um mês lançou duas pedradas.
Se a Islândia tem Björk, Paraisópolis tem
Mary More
. A cantora paraisopolense lançou o sublime videoclipe da canção "Inabow", a produção do ano em Paradise na minha opinião.
Também acompanho com atenção as produções musicais de
Samira Prado
e sonho com que
Sarita Barros
grave um disco com composições autorais.
O
Octorama
que segue na caminhada lapidando suas composições autorais anunciou para dentro em breve o lançamento do EP "Respirando Novos Ares"
E antes que me esqueça, também na música, foi muito legal descobrir o álbum digital e as guitarras etéreas de
Jessé Barcelos
no surpreendente "A Musgada Semente Abissal".
Também neste ano infinito, tivemos o imenso prazer de ouvir o single "O Perdido Eu", primeiro lançamento solo do Márcio Matos, gravado ao lado da lenda viva da música paraisopolense
Quinho Lopes
. E tem mais: com a rapaziada do
Filhos de Luzia
, Matos lançou o explosivo EP "Idade da Pedra".
Nas artes plásticas destaco os trabalhos de
Diego Santos
,
Leonardo Wilbor
,
Alexandre Ribeiro Dantas
e
Dimas Candido Ferreira
.
No breaking
ZR Breakers
e conectando os 4 elementos
Integração Hip Hop
!
E quem imaginava que teríamos quadrinhos no fim do mundo? Sim,
Fabrício Gradim
prepara o lançamento da coletânea
Neura Comics
com sua produção crescente ao longo desses anos do fim.
Na onda das TV's digitais - que abrem espaço para quem, em geral, nunca tem espaço - surgiu na dimensão virtual da cidade que mais venta no cosmos a
TV Paraíso
.
Também no âmbito da comunicação não poderíamos deixar de mencionar o crescimento do
Blog Paraíso Informa
que nos momentos mais difíceis da pandemia abriu espaço para diversos artistas através das lives.
Finalmente, vale demais registrar o importantíssimo trabalho de divulgação da cena autoral do sul de Minas feito pelo
::SUL DE MINAS IN CENA::
do Márcio
Tainara Paola
Matos.
Para descontrair antes da "queda do céu": na vitrola dos comentários está rolando PBH's, Mayronzzz (com produção do mano
Daniel Chimp
) e, claro, o vídeo de "Inabow" da Mary More.
E para vocês quem mais fez algo expressivo no campo da arte paraisopolense durante o apocalipse?
_______________________________________________ Lembrem-se: #NãoVotemEmMim

Libertários