Paraisópolis é tão acolhedora que mesmo se você nasceu em São Bento do Sapucaí ela deixa você dizer que é paraisopolense (ou paraisopolitano).
Paraisópolis é tão acolhedora que mesmo sem maternidade não deixa de ser mãe.
Mesmo os que, como aquele músico genial que morreu sem o devido reconhecimento, disseram que Paraisópolis é uma péssima mãe e uma ótima madrasta, sabem, lá no fundo do coração, que existe uma Paraisópolis acolhedora, muito embora ocorra de tempos em tempos de ser impedida por certas figuras de exercer sua mais profunda verdade.
Eu acredito que Luis Pretinho ainda será acolhido por esta cidade.
Paraisópolis é tão acolhedora que tem múltiplos nomes: São José da Ventania, São José das Formigas, São José do Paraíso, ou simplesmente, Paraíso.
"Ah! Você é de Paraíso?"
Paraisópolis é tão acolhedora que você pode dizer que o aniversário da cidade é 24 de dezembro ou 25 de janeiro.
A verdade mesmo está no Paraíso.
Paraisópolis é tão acolhedora que divide com São Paulo o 25 de Janeiro. E o dia da bossa nova com o Rio de Janeiro, embora prefiramos a velha moda de viola.
Paraisópolis é tão acolhedora que aceita que exista outra Paraisópolis.
E onde houver Paraisópolis haverá quem ame Paraisópolis.
Paraisópolis é tão acolhedora que mesmo os que tomaram o trem na estação sentem-se como se amanhã fossem retornar.